Quando me falam em comer francesinha, eu nunca coloco sequer a hipótese de dizer que não. Sejamos sinceros, francesinhas são como Paris: são sempre uma boa ideia. Assim que me convidam para comer francesinha em Braga a minha mente leva-me automaticamente para um restaurante (ou taberna) em especial. Se vocês não sabem qual é, meus caros, não sabem o que andam a perder. Talvez um dia vos conte, ou talvez possam tentar adivinhar. No entanto, desta vez, acabei por ir jantar a um sítio diferente e talvez tenha descoberto a segunda melhor francesinha de Braga.
O restaurante chama-se Camada, fica numa zona central (para quem conhece, é mesmo junto à discoteca Sardinha Biba) e é um local para jantar. Primeiramente, não existem filas, o local é calmo e há estacionamento há porta (ao contrário do supra-citado local onde existem sempre filas). A francesinha estava ótima. Embora tenha vindo com pouquíssimo molho e seja necessário sempre pedir molho extra, é uma boa surpresa. O molho é muito cremoso enquanto o bife é tenro e de boa qualidade.
Se é boa, porque haveria de querer só meia?
Em suma, foi uma das melhores francesinhas que já comi. E se é tão boa, porque haveria de querer apenas meia? Todos – um grupo de seis pessoas – pedimos uma francesinha.
Assim mesmo:
Em primeiro lugar, se pedimos uma é porque era uma. Quase contrário teríamos pedido, à partida, meia. Em segundo lugar, isto deixa-nos um pouco constrangidos. Estão-me a chamar gulosa? Consideram que é tão descabido assim querer uma inteira e por isso oferecem uma meia? Essa pergunta vem acompanhada de algum julgamento? Ou estão só a duvidar da minha capacidade de comer uma francesinha inteira, como deve ser?
Tudo bem que existam meias francesinhas, nem toda a gente come como eu. Há senhoras que mantêm a linha. Mas as francesinhas do Camada são tão boas que seria impossível comer apenas meia. Tudo bem, seria possível, mas porque é que eu faria uma coisa dessas?